DEPOIS DE RECUPERADO COM DINHEIRO PÚBLICO, HOSPITAL MILITAR DE BELÉM PASSA PARA SANTA CASA DA MISERICÓRDIA E CÂMARA DE LISBOA?
Em Abril do corrente ano o Ministério da Defesa Nacional (MDN) levou a cabo um conjunto de obras no Hospital Militar de Belém (HMB), com vista ao levantamento de um denominado Centro de Apoio para doentes infectados
com COVID-19.
Tendo o governo investido, para o efeito e de acordo
com a comunicação social da altura, cerca de 750 000 euros,
tendo sido a obra inaugurada
pelo Primeiro Ministro no final daquele mês (como se vê numa publicação no "passarinho azul".
Recentemente, o Ministro da Defesa Nacional, em sede de Comissão Parlamentar de Defesa Nacional (CPDN)
teria afirmado que, no futuro, as instalações do ex-HMB, muito provavelmente, se destinariam à posse
da Santa Casa da Misericórdia, para utilização em parceria com a Câmara Municipal de Lisboa,
de acordo com suposto protocolo firmado,
anteriormente, com o próprio MDN.
Cabe-nos perguntar:
Porque é que, apesar do avultado montante
já despendido por conta dos cofres públicos,
o designado Centro de Apoio não recebeu, até à data,
um único doente e os médicos e enfermeiros destacados
para o respectivo enquadramento clínico foram, entretanto, dispensados, ficando as instalações
sem qualquer utilidade funcional aparente?
Qual é o protocolo referido pelo Ministro da Defesa,
e quais as condições e contrapartidas
assinaladas no mesmo?
Como se pode justificar o investimento público efectuado, quando as instalações, como tudo parece indicar,
se destinarão a ser cedidas a uma entidade privada?
Por outro lado não se abre o Hospital Compaixão de Miranda do Corvo continua sem poder abrir.
(https://www.noticiasdecoimbra.pt/presidentes-das-4-juntas-…/)
Investimento público e entrega de edifício recuperado com 750 mil euros a organismo privado com a CML a dar bênção.
Por outro lado, em Miranda, o esquecimento.
Estamos a ser bem governados?
Fiquem em segurança.
Gomes
16/06/2020